Resíduos Classe I são materiais perigosos com um alto potencial de contaminação, gerando um impacto ambiental significativo e representando um sério risco à saúde humana. Um pequeno pedaço de couro, por exemplo, pode conter elevadas concentrações de cromo e mercúrio, substâncias que podem infiltrar-se no solo, assim como óleos, graxas e outros materiais inflamáveis, alcançando facilmente o lençol freático e nascentes.

Aterros Classe I são projetados para receber esses resíduos perigosos, que não podem ser descartados em aterros sanitários comuns (conhecidos como Classe II, que são para resíduos não perigosos). Devido à periculosidade dos resíduos que vão para os aterros Classe I, existe um controle rigoroso para evitar a contaminação do solo, da água e do ar.

Resíduos perigosos são aqueles que possuem características como inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e patogenicidade, sendo geralmente provenientes de atividades industriais.

Esses resíduos são depositados em valas cobertas, cuja base de impermeabilização é composta por várias camadas, incluindo argila, geocomposto bentonítico, manta de polietileno de alta densidade (PEAD) de 2 mm, geotêxtil, geogrelha, geotêxtil, camada drenante (areia) com dreno testemunho. Após essa primeira base de impermeabilização, é aplicada uma nova sequência de manta, geotêxtil, geogrelha, geotêxtil, camada drenante e dreno testemunho, seguida por manta, camada drenante e dreno de chorume.